sábado, 31 de janeiro de 2009

Bio Marinha Kids (bmk)

Oceanografia,Biologia Marinha e Pesca
Publicada no Informativo n° 10, novembro/dezembro de 1996Texto de Marcelo Szpilman*
Embora existam diferenças básicas entre a oceanografia e a biologia marinha __ enquanto a primeira estuda o ambiente marinho como um todo, englobando sua geografia e os aspectos químicos e físicos, a biologia marinha estuda os seres vivos marinhos, sua biologia, hábitos e comportamento __, as duas ciências estão intimamente ligadas e atuam muito em conjunto. Ou seja, um oceanógrafo não está totalmente formado para trabalhar sem as noções básicas de biologia marinha, e vice-versa. A pesca, por sua vez, amadora ou profissional, sendo realizada no ambiente marinho, exigirá do pescador conhecimentos oceanográficos, como a geografia submarina, correntes e marés do local da pesca, e biológicos, como os hábitos, habitat e comportamento dos animais marinhos que o mesmo pretende pescar. Esta matéria tem o propósito de fornecer alguns breves conhecimentos sobre oceanografia, biologia marinha e pesca, de modo a dar uma melhor noção e entendimento sobre o ambiente marinho, sua biologia e sua geografia.Oceanografia
A massa de água dos oceanos, na qual todas as criaturas marinhas vivem, pode ser dividida em zonas distintas, onde as formas de vida mudam quase que radicalmente. O sistema de zoneamento ocorre tanto no sentido horizontal como no vertical, e se sobrepõem em alguns pontos. No zoneamento horizontal, que vai da costa para o mar aberto, a distribuição da fauna e da flora depende essencialmente da temperatura da água e da quantidade de alimento disponível. Quanto mais nos afastamos da costa, que é a verdadeira fonte de nutrientes, menos comida estará disponível para a manutenção da vida __ o meio dos oceanos pode ser descrito como um "deserto biológico". No zoneamento vertical, que vai da superfície da água até o fundo do oceano, a distribuição biológica depende fundamentalmente da luz do sol. Sua penetração pode chegar até 100 metros de profundidade no máximo, dependendo da claridade e transparência da água, que, por sua vez, é afetada pela quantidade de substâncias minerais e orgânicas dissolvidas, bem como pelo plancton e outras partículas suspensas. Assim, os oceanos podem ser subdivididos em três principais zonas: Zona Nerítica: faixa do oceano situada acima da plataforma continental, entre a linha de maré alta e a profundidade média de 200 metros. É a região mais próxima da costa, a zona com maior quantidade e variedade de vida. É habitada pela maioria dos peixes que conhecemos, aqueles mais importantes para a pesca comercial e esportiva. A zona nerítica, que está totalmente dentro das águas territoriais brasileiras, pode, ainda, ser subdividida em duas regiões: a Zona Litorânea, entre as linhas de maré alta e baixa, e a Zona Costeira, da linha de maré baixa para fora. Zona Pelágica: faixa do oceano situada acima da planície abissal, entre as profundidades de 0 e 200 metros. É a região mais afastada da costa e os peixes que lá vivem, chamados de oceânicos, são importantes para a pesca comercial e oceânica. A zona pelágica inclui parte das águas territoriais e todas as águas internacionais. Zona Abissal: faixa do oceano situada justamente abaixo da zona pelágica e imediatamente acima da planície abissal, entre as profundidades médias de 200 e 5.000 metros. Os peixes que vivem nessas grandes profundidades, chamados de peixes abissais, têm pouca ou nenhuma importância para a pesca.Biologia Marinha O formato do corpo dos peixes e dos outros seres marinhos é extremamente variável e possui uma intíma relação com seus habitats (locais onde vivem), hábitos, modo de natação e comportamento geral. Em função disso, os peixes e os outros seres marinhos podem ser divididos em três grupos básicos, descritos a seguir: Pelágicos: peixes que nadam continuamente na faixa próximo da superfície da água, não possuindo um local específico de moradia. São normalmente fusiformes, migratórios e grandes nadadores. A maioria vive mais afastado da costa, em mar aberto. Muitos não possuem a bexiga natatória. A coloração do corpo costuma ser brilhante com tons azulados ou esverdeados no dorso e flancos e branca no ventre. Exemplos:dourados, pampos, marlins, enxadas, algumas raias e a maioria dos cações. Nectônicos: peixes que nadam ativamente, porém mantêm uma relação com o substrato marinho, onde alguns fazem sua moradia (toca). São normalmente comprimidos lateralmente e vivem nas águas costeiras. A coloração de seu corpo, que varia muito, usualmente apresenta pintas, manchas ou listras claras ou escuras com um fundo contrastante mais escuro ou mais claro. Alguns possuem um bom mimetismo com fundo onde vivem. Exemplos: meros, salemas, budiões, ciobas, robalos e pescadas. Bentônicos: peixes que habitam e dependem do fundo, em uma extreita relação com o substrato marinho. Não costumam ser bons nadadores. Alguns são comprimidos dorso-ventralmente. A coloração de seu corpo tende a ser escura no dorso e clara no ventre. A maioria apresenta excelente mimetismo com o fundo e alguns são peçonhentos. Exemplo: bagres, linguados, trilhas, mangangás, alguns cações e a maioria das raias.PescaNa pesca são usadas várias terminologias para designar o local onde se pesca, os objetivos da pesca ou mesmo qual o tipo de pesca. No entanto, a maioria das pessoas desconhecem ou confundem estas terminologias. Assim, é importante esclarecer e definir algumas das mais importantes. A pesca pode ser dividida basicamente em duas categorias:Pesca Interior: realizada em água doce, como os rios, lagos e represas. Neste caso, não há muito o que se definir, já que a denominação do local é obvia e a esmagadora maioria dos pescadores é amador e esportivo.Pesca Marítima: realizada em água salgada ou salobra. Com relação a sua natureza, a pesca marítima pode ainda ser subdividida em dois grupos: A. Relativo ao local onde ocorre a pesca: 1. Pesca Litorânea: realizada nos locais junto à costa, ou na zona litorânea, como as praias, costões, restingas, estuários e lagoas e canais de água salobra. 2. Pesca Costeira: realizada nos locais não muito afastados da costa, ou na zona costeira, dentro dos limites da zona nerítica. Normalmente é realizada com o uso de embarcação, ao largo das praias e costões e ilhas costeiras. 3. Pesca de Alto-mar: realizada nos locais mais afastados da costa, com o uso de embarcação, nas águas oceânicas, ou seja, nos limites da zona pelágicaB. Relativo ao objetivo da pesca: 1. Pesca Comercial: tem o propósito específico da venda ou industrialização do pescado. Pode ser subdividida em duas modalidades: 1.1. Pesca Empresarial: é a pesca costeira ou de alto-mar realizada por empresas do ramo, com embarcação própria. Os peixes são capturados principalmente com o uso de rede de cerco, rede de arrasto, espinhél e linha de fundo. 1.2. Pesca Artesanal: é a pesca litorânea ou costeira realizada por pescadores profissionais embarcados ou não. Os peixes são capturados principalmente com rede de espera, rede de arrastão de praia, espinhél, linha de fundo, tarrafas e vários tipos de armadilha. A pesca artesanal pode, ainda, ser dividida em dois tipos: 1.2.1. Colonizada: realizada por pescadores organizados em colônias ou cooperativas de pesca. 1.2.2. Não-colonizada: realizada por pescadores autônomos.2. Pesca Amadora: é a pesca litorânea ou costeira realizada por pescadores amadores com o propósito básico de consumo pelo próprio pescador ou para a pequena e eventual venda aos vizinhos e amigos. Os peixes são capturados principalmente com tarrafa, linha de mão e vara de pesca. 3. Pesca Esportiva: é a pesca praticada com o intuito de lazer e para o consumo do próprio pescador. A pesca esportiva pode ser dividida em três tipos básicos: 3.1. Pesca Tradicional: pode ser litorânea ou costeira. Os peixes são capturados com vara e molinete, principalmente nas praias e costões. 3.2. Pesca Submarina: pode ser litorânea ou costeira. Os peixes são capturados com o uso de arpão lançado por arbaletes ou espingardas de pressão, principalmente ao largo das praias e costões e nas ilhas costeiras. 3.3. Pesca Oceânica: é exclusivamente de alto-mar. Os peixes são capturados com equipamentos sofisticados __ lanchas oceânicas (tipo "sportfishermen") para fazer o currico com vara, molinete e isca artificial.
* Marcelo Szpilman é Biólogo Marinho, Diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor do Informativo do Instituto e autor dos livros Guia Aqualung de Peixes e Seres Marinhos Perigosos.

Invertebrados Marinhos

Invertebrados marinhos
Os animais que não possuem
notocorda nem coluna vertebral são conhecidos como invertebrados. Esse grupo é muito grande e inclui animais que apresentam formas e comportamentos bem diferentes. Eles podem ser encontrados nos mais diversos ambientes (aquáticos ou terrestres) e podem ser parasitas de plantas ou de outros animais. Os principais filos de invertebrados são: poríferos, celenterados, platelmintes, nematódeos, anelídeos, artrópodes, moluscos e equinodermes e todos estes filos possuem representantes no mar.

Zooplâncton
São animais plantônicos não clorofilados, em sua grande maioria, sendo conhecidos sob o ponto de vista de produtividade marinha como heterótrofos. Compreendem uma infinidade de formas, tamanhos e cores. Quase todos os grupos animais estão representados no zooplâncton, desde formas unicelulares (protozoários), até animais mais complexas, tais como os crustáceos e os peixes (ovos e larvas - ictioplâncton). O zooplâncton é importante por desempenhar um papel crucial na transferência da energia sintetizada pelos vegetais planctônicos - também conhecido como fitoplâncton -, para animais superiores na teia trófica (ou teia alimentar). Considerando estes últimos animais, destacam-se os peixes (por exemplo, atuns e sardinhas) e algumas baleias, denominadas pelos biólogos planctófagas (comedores de plâncton).
Além disso, o zooplâncton pode ser utilizado como indicadores da qualidade da água, já que esses pequenos organismos respondem rapidamente às modificações do ambiente, tais como ocorrem quando existe emissão de
poluentes químicos e despejo de esgoto. Resumindo, quando um ambiente recebe uma descarga de óleo ou matéria orgânica, algumas espécies do zooplâncton perdem boa parte dos indivíduos, reduzindo, desta forma, suas populações. Em contrapartida, outras espécies são mais resistentes, ocorrendo nestes casos um aumento de suas populações. Assim, os organismos do zooplâncton podem ser considerado como excelentes bioindicadores da condição ambiental de um dado ecossistema. Porém, vale ressaltar cada espécie do zooplâncton responde diferentemente às alterações do meio, cabendo aos biólogos e demais pesquisadores correlacionados identificarem quais espécies são as melhores indicadoras para dado parâmetro (por exemplo: poluição orgânica, produtos químicos, elevada salinidade, aumento ou redução da acidez da água e outros).

Invertebrados bentônicos
Os invertebrados bentônicos são grupos de organismos que habitam diferentes tipos de substratos de habitats aquáticos. Estes podem ser compostos de fragmentos de vegetais, sedimentos diversos, macrófitas, algas filamentosas, entre outros. Dentre os diversos grupos existentes, podemos destacar os moluscos, insetos, nematódeos e os oligoquetos. Os organismos bentônicos têm sido utilizados como bioindicadores na avaliação de impactos ambientais provocados pelo mau uso dos recursos naturais do ambiente. Os animais, plantas, microrganismos e suas complexas interações com o meio ambiente respondem de maneira diferenciada às modificações da paisagem, produzindo informações, que não só indicam a presença de poluentes, mas proporcionam também uma melhor indicação de seu impacto na qualidade dos ecossistemas

Tudo sobre organismos marinhos

Classificação dos organismos marinhos
Geralmente se agrupam os
organismos marinhos em função do seu tamanho e hábito de vida, como segue (resumidamente):
Plâncton (organismos geralmente pequenos que ficam à deriva dos movimentos oceânicos)
Bacterioplâncton (bactérias)
Fitoplâncton (microalgas e sargaços)
Zooplâncton (animais, com preponderância para os microscópicos, mas incluindo algumas espécies de grandes dimensões, como as salpas que são urochordata "anfioxos"s que podem formar cadeias com mais de um metro de comprimento)
Os menores organismos são denominados
nanoplâncton com dimensões máximas entre 2 e 63 μm (de acordo com o tamanho dos orifícios da malha das redes utilizadas para os capturar). O picoplâncton inclui componentes ainda menores, como as bactérias (só retidas por filtros).
Bentos (organismos que vivem no substrato, fixos ou não)
Fitobentos (incluindo as macroalgas, algumas microalgas e as ervas marinhas)
Zoobentos
Macrofauna (animais visíveis a olho nu, como a maior parte dos caranguejos, os equinodermes, algumas espécies de peixes, etc.)
Meiofauna (animais que vivem permanentemente enterrados no sedimento, quer livres, quer dentro de estruturas por eles construídas)
Microfauna (animais microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato)
Nécton (organismos com boa capacidade natatória, como a maior parte dos peixes e dos mamíferos marinhos)
Um conceito relacionado, embora não formado por organismos vivos é o
séston que é o conjunto das partículas, orgânicas ou não, que se encontram dispersas na coluna de água e que, para além de poderem constituir alimento para alguns organismos, têm um papel importante na difusão da luz na água e, portanto, na produção primária.

Bio Marinha Kids

Projeto Tamar - neste site você conhecerá as diferentes espécies de tartarugas marinhas no
Brasil e no mundo. Conhecerá as espécies-bandeira, comportamento e origem destes seres, o Projeto Tamar, poderá viajar com as tartarugas através de mapa de marcação, e muito mais! Esta página conta ainda com um link para o site infantil do Projeto Tamar com jogos, vídeos e muitas outras atividades de entretenimento e conscientização.Avaliação: Dez
Oceanografia e Biologia Marinha - esta página aborda as diferenças e ligações entre a biologia marinha e a oceanografia. Aqui você saberá das diferentes formas de vida e zonas (nerítica, pelágica, abissal...) dos seres que habitam os oceanos, formas de natação, hábitos e comportamento geral das diferentes espécies (pelágicos, nectônicos, bentônicos), etc.Avaliação: 8.5
Acqua Mundo Guarujá - site com muitas imagens e informações do maior aquário marinho da América do Sul, situado na cidade do Guarujá. Rico em fotos de imagens relacionadas ao mar.Avaliação: 8.5
CEBIMar-USP - site do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo onde é possível encontrar informações sobre cursos de mergulho, além de cursos de difusão cultural tais como: biologia marinha básica, tópicos de biologia marinha, etc.Avaliação: 8.0
Biologia Marinha - UFRJ - muitos alunos pretendem fazer o curso de Biologia Marinha. Mas do que se trata este curso? Este site, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica tudo sobre este curso: linhas de pesquisa, áreas de atuação, graduação, mercado de trabalho, pesquisas, cursos de extensão e muito mais. Ótimo para quem pretende cursar esta área na Universidade.Avaliação: 8.0

Sites de Biologia Marinha

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009







Oceano

Praia









Praia








Barreira de Corais

Bio Marinha Kids

Olá!!!

A Bio Marinha Kids ensina Biologia Marinha para crianças por que é muito legal aprender sobre Biologia Marinha estudar sobre vidas marinhas e muito mais....

Grata,

Bio Marinha Kids